quinta-feira, 6 de março de 2014

Livro: "E depois do amor" de Ray Kluun


Sinopse: 


Após a morte prematura da mulher, Dan entra numa espiral descendente e autodestrutiva. Abandona o trabalho e entrega-se ao álcool e à vida boémia de Ibiza e Amesterdão. É só quando bate no fundo que Dan compreende que tem de alterar drasticamente o rumo da sua vida e investir na relação com Luna, a filha de três anos. Juntos, fazem uma longa viagem de autocaravana pela Austrália que se revelará fundamental para a sua aproximação. Despretensioso e divertido, este romance autobiográfico, que é a sequela de Love Life - De Coração Aberto, toca-nos profundamente pela empatia que nos suscita o protagonista, um pai viúvo que procura a todo o custo recuperar o controlo da sua vida.







Opinião:

Eis a tão aguardada opinião deste livro que ganhei no passatempo da Editorial Presença, e que por acaso e antes de saber que íam pedir em peso a opinião deste livro em concreto, foi o primeiro que peguei para ler após ao Tudo por Amor, pensei eu que estaria embalada para uma história de amor.
Mas enganei-me, nunca nenhuma personagem provocou, um certo afastamento e até nojo em mim.
Passo a explicar-me: A trama começa com a morte de Carmen, mulher de Dan, que morre de um cancro de mama, deixa então para trás um marido que parece destroçado e stressado, a filha Luna de apenas 3 anos, e um pequeno grupo de amigos. As primeiras páginas trouxeram-me algumas lágrimas aos olhos, mas talvez seja por ser muito sensível ao tema cancro, pois à uns meses acompanhei uns amigos que perderam a mãe com essas mesma doença. 
Então pensei, pronto Nádia, foste logo escolher um livro que te vai fazer chorar baba e ranho. Humm nahhh. Não foi mesmo o caso, o que é pena.
Provocou em mim, um ódio e desprezo pela personagem Dan. Ora perde a mulher, e logo no inicio percebemos que tem uma amante, a Rose que tem o descaramento de a levar ao funeral da mulher...a serio?! 

A certo momento afasta-se da Rose e começa a deixar a filha de 3 anos, com uma espécie de ama, que a mim também não me parece uma pessoa muito inteligente, ou deixa a criança com um casal amigo da mulher. Isto para ir para raves, que cá para mim são ideais para pessoal da minha idade (e eu já nem me posso incluir pois tenho a minha Leonor), imaginem então Amesterdão (eles vivem na Holanda) e tudo o que está a associado a esta cidade, drogas, muitas drogas, musica electronica e ao que ele chama de Dollies, raparigas jovens que se vestem de forma parecida, maquilhadas e desprendidas de moralismos. Resumindo, Dan tem sexo com as Dollies todas que lhe aparecem à frente do nariz, enquanto fazem pausas para dar na cocaína e se embebedam como se tivessem 20 anos. 

Entre as Dollies, a Rose e a Maud (uma suposta amiga) um rodízio de mulheres que giram entre si e que de uma forma ou de outra sabem da existencia umas das outras. Simplesmente, nojento. Não consigo perceber, não cabe mesmo na cabeça, e não me venham dizer que era a forma do pobre Dan lidar com a morte da desgraçada da mulher.

Então, acontece o 11 de Setembro e muda a visão de Dan. Ele decidi partir em viagem com a filha Luna, só os dois pela Australia.
Ok, melhora...mas acho que isso é fugir dos problemas. No meu ver Dan, é menino de 30 e poucos anos, mimado, que só pensa no seu umbigo (e um pouco mais abaixo do umbigo) que muitas vezes já na Austrália, sente-se frustrado por estar sozinho a aturar a sua própria filha, pois não pode fazer nada de jeito, como entrar em pubs e assistir a corridas de sapos, ou fazer mergulho, pois não pode deixar a menina sozinha no barco. No meio das tristezas dele dá-se luz na sua cabecinha, e pensa...acha...que afinal precisa/ama Rose.

A serio?? Portanto acabei a minha leitura com uma sobrancelha levantada.


Aviso que este livro, é uma sequela...a minha opinião é baseada unicamente neste livro, não li o anterior. Possivelmente haverá um terceiro, isto já sou eu a divagar...Dan afinal não ama Rose, e arranja uma Pancrácia qualquer para se divertir, chega aos 50 anos a acaba sozinho.
Esta história (não a da Pancrácia ehehe) é supostamente verídica, vida do próprio autor do livro, Ray, querido...és uma desgraça, lamento, mas é a minha opinião e essa ninguém me tira.

"E depois do amor" é no meu ver um livro, actual... infelizmente, com uma visão muito machista. Mas pelo meio conseguiu arrancar-me alguns sorrisos. Adorei imaginar esse menino a lavar roupa e limpar vomitado da filha. 
Portanto este livro oferecia a um homem jovem, ou mesmo a raparigas novinhas, para abrirem o olho.

7 comentários:

  1. Embora seja uma história de um livro tem muito de verdadeiro! Infelizmente há muito gente assim... :(

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  2. Nunca tinha ouvido falar do autor e nem do livro, mas, pelo que parece, se trata de um livro muito pesado. Foi muito importante expor sua opinião de forma verdadeira e não estabelecer um meio termo, como muitos fazem. Parabéns! Bjão

    Felipe Souza - FB
    http://meuamigoleitor.blogspot.com.br/

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  3. Obrigada pela opinião, adorei ler uma opinião e não apenas copias do bonito a ser dito. Não sei se irei ler livro, mas gostei da opinião!

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  4. Eu gostei muito deste livro, apesar da história e algumas partes não ter gostado ! Ainda não li o 1º, mas será o meu próximo, no entanto já estou a prever como seja ! Não gostei da atitude do homem neste 2º livro e no 1º ele ainda é pior, portanto vamos ver no que dá :)

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  5. Eu já li o primeiro e o segundo. Quem não lê o primeiro e só leu o segundo não percebe metade da história. Carmen também teve amantes, e ele sempre foi assim desde que eram casados. Os últimos capítulos do primeiro livro é ele a tomar conta da mulher em pleno estado crítico do cancro. Ele deixa tudo por uns tempos para tomar conta dele, depois de um acidente de carro. Quando ela morre, ele não quer assumir o luto e então percebe que é nessas folias e sexo a mistura que encontra o refúgio da morte da mulher, mas ai descobre que não e parte com a filha para a Austrália e ai percebe o que é mesmo o verdadeiro amor. Eu gostei dos livros, mas não morri de amores por eles. Há sem dúvida muito melhores. Mas ele descreve muitos casais de hoje em dia, que infelizmente é assim, mas é preciso ler o primeiro para perceber a personagem em si.

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    1. Como referi na opinião eu so me baseei neste livro. Mas apesar do que escreveste continuo sem gostar do tipo. Nenhuma atitude que ele tomou tem desculpa, sou mãe solteira passo o dia com a minha filha como é obvio gostava de curtir a minha juventude e nao posso. Nao deixo a minha filha para apanhar bebedeiras, drogar-me e andar com homens.

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