domingo, 30 de março de 2014

Livro: As raparigas de Riade de Rajaa Al-Sanea

Sinopse
As Raparigas de Riade é uma história ficcionada sobre os amores, sonhos, desilusões de quatro jovens muçulmanas que nos mostra como é a vida "por detrás do véu" das mulheres sauditas. A história é desvendada sobre a forma de e-mails semanais de uma narradora feminina anónima para um público internauta de um grupo de chat. Durante um ano, acompanhamos as vidas de Qamara, Michelle, Sadim e Lamis, na luta pelo amor, pelo sucesso profissional e pela sua rebeldia às tradições ancestrais: Sadim vê-se confrontada com o fim do seu casamento fugaz, pois entre o espaço que medeia o casamento no registo e a oficialização religiosa, cedeu em entregar-se ao marido, o que foi entendido como uma ousadia, nada digna de uma mulher muçulmana. Qamara descobre pouco tempo após o seu casamento, que o desdém de Rajid advém de uma relação que mantém há anos com uma japonesa. O namorado de Michelle abandona-a porque a mãe dela é americana e cede à vontade da família em casar-se com a prima a quem estava prometido. Só Lamis encontra o verdadeiro amor, apenas porque não fechou os olhos aos trâmites sociais.
Considerado a versão árabe de O Sexo e a Cidade, banido no seu país de origem, a publicação deste livro levantou críticas e vozes de apoio numa sociedade assente em regras sociais muito rígidas, onde as mulheres ainda são segregadas, que luta entre o respeito pelos valores tradicionais e o desejo de se tornar uma voz válida e independente.
Críticas de imprensa
« Uma escrita plena de leveza, de humor até, mas sempre, também, de uma grande densidade psicológica. Uma obra magnífica.»
R.da S., JL

A outra capa

Opinião:

Este foi um dos livros que comprei no Jumbo por 4.90€, comprei-o por causa da capa interior. Chamou-me a atenção o facto de apresentarem este livro como o Sexo e a Cidade numa  versão árabe. E pronto não resisti, tive de o trazer.
Além disso confesso que o mundo árabe e hindu são das minhas paixões, no que toca aos estudos da cultura e religião.

A autora apresenta a história em forma de email enviados para um email geral saudita. Pensei cá para os meus botões que numa realidade o mais provável era um hacker fanático religioso descobri de onde eram enviados os emails e a pobre moça, apedrejada até à morte.

Os email são divididos em três partes, a primeira numa frase, poema e afins que são de inspiração da personagem, a segunda parte é a sua opinião ou resposta a algum leitor (confesso que estas duas partes eu só lia na transversal) e por fim a terceira parte do email que era a história de 4 amigas sauditas.

Estas 4 personagens, são (segundo a autora) a representação das jovens com posses da Arábia Saudita. O mais engraçado é que para 3 das personagens, o mais importante e central da sua vida é o casamento. Nada do que estava escrito me admirou, bem, quer dizer, fiquei admirada sim com o facto destas raparigas terem tantas liberdades, liberdades essas que pensei não terem espaço numa sociedade tão fechada, conservadora e autoritária.

Não foi dos melhores livros que li, mas deu para levantar um bocadinho do véu que elas usam.


1 comentário:

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